Acaso e Desencontro

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Em tempos de cólera.
Sinto muito.
Não tenho mais palavras ou respostas.
Se serve como algo digno.
Não estarei com quem me ofereça menos respeito ou carinho.
Assim como não direi nada sobre o futuro.
Muito menos sobre algo definitivo.
Como o acaso precede o desencontro.
O desencontrar casualmente é precedente daquilo que se realiza.
Há algo que guardo comigo.
O sorriso especial dentre as milhares de almas desta vida.


Longa Vida ao Visionário

sábado, janeiro 22, 2011

Há dificuldades em entender os Visionários desta terra.

Será preciso que consideremos alguns precedentes.
Por exemplo: não é das mais desenvolvidas as habilidades do compreender.
Para aquele que vive no dia presente.
Talvez o repetir ou até mesmo o assimilar.
Sejam a regra de um mundo sem virtudes.
Mas compreender é algo mais sutil: um lampejo pouco convencional.

Compreensão ao largo do horizonte futuro é inato ao Visionário.
Fato.
Que torna o presente uma prisão que exala o pretérito.
Tornando a fuga o único remédio a ser dado.

Um Visionário nunca está preso à terra que o pariu.
Flerta em todas as ocasiões possíveis.
Em posições pouco convencionais.
Fecundam em diversos lugares: minotauros ou natimortos.
Porém, não cuidam dos rebentos em qualquer momento.
E até pode mastigar suas cabeças no momento de fome em nova passagem.

Um Visionário é algo a parte.
Um louco.
Um gênero.
Um primogênito das novas causas.

Percepção

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Em verdade.
A vida caminha.
O sol nasce e renasce.
O destino recria.
Não há uma maldade necessária.
Nas imensas curvas insensatas.
Daquele que nunca se satisfaz.
Somente com a sua própria guarida.
Os riscos se esvaem.
E o tempo realiza.
Calor escaldante.
Frio exorbitante.
Palavra sem alegria.
Ferro a fogo quente marca.
Sinal extravagante de reles propriedade.
Voz das ruas, entre os guetos.
Solidão a ermo.
Loucura incandescente às mentes atéias.
Escravidão feroz a fé dos deuses.
Sem origem.
Apenas vertigem.
Ao longe daquilo que se quer ver.

Talvez, sorte.

domingo, janeiro 16, 2011

Alguns inesperados encontros tem a inacreditável capacidade de nos tornar simplesmente melhores.
E você não encontra explicação para de [forma simples].
Na [vida].
Tornar-se [um pouco melhor].
Simplesmente por [encontrar].
Inesperadamente [alguém].

Talvez, sorte.
[Talvez].

Amiga.

quinta-feira, janeiro 13, 2011

Num certo dia, fiz a escolha de uma amiga.
E disse - para mim mesmo - que esta seria meu honesto refúgio da vida.
Aconteceu em momento arquitetado e levemente racional - quase cinematográfico.
Assim como um instante em que você espera algo em especial.

Bobagem.

Um instante nunca nos levou a qualquer especialidade, porém a constante presença manifesta - mesmo diante de distâncias continentais - nos tornou mais próximos e sinceros.
Aconteceu num louco, transtornado e incomum momento de verdade, em choro e sorriso, sem a beleza artificial dos momentos arranjados.
Continua sendo um refugio e não só da vida - ganha ou perdida.
Num certo dia, fomos escolhidos como amigos. E quem escolheu, esqueceu de avisar que deveria ser para a vida.

Talvez toda ela.


Esquecido.

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Estar esquecido é uma arte perdida.
Não se faz sem a sinceridade da distância.
Preenchida com a necessidade da constância.
E um pouco de charme do passado.

Apenas se esconde no mais profundo da alma.
Sentado ao lado das lembranças queridas.
A espera de um momento certo de cotidiano.
Para aflorar no inesperar do dia.